A Revista Poli chegou ao número 100. E para comemorar esse marco, o tema da reportagem de capa são as lutas pelo direito à comunicação. A matéria traça um histórico das reivindicações nesse campo ao longo dos últimos 40 anos, mostrando que, da radiodifusão às plataformas digitais, a pauta da regulação e da democratização da comunicação continua atual. Em outra reportagem sobre o mesmo tema, a revista apresenta as principais iniciativas de Comunicação e Saúde que vêm sendo desenvolvidas nesse período. Também comemorativa, a revista traz ainda um mapa temático dos principais assuntos tratados ao longo dessas 100 edições.
Continuando a série de reportagens preparatórias para a COP30, que acontecerá no Brasil em novembro, este número tem a cobertura jornalística da 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA), ocorrida de 6 a 9 de maio, em Brasília. A matéria mostra como, apesar de os dois eventos acontecerem no mesmo ano, a Conferência pouco tratou da COP: para se ter uma ideia, nenhuma proposta aprovada menciona o nome do evento da ONU e estão ausentes também palavras como ‘petróleo’ e ‘combustíveis fósseis’, diretamente ligados às caudas das mudanças climáticas.
O entrelaçamento entre as áreas de trabalho e saúde aparece em duas seções desta edição. A primeira é de forma mais direta, na entrevista com o professor e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) Luiz Carlos Fadel, que defende a importância de se considerar a Saúde do Trabalhador como Direito Humano. Esse é também o mote da 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que vai acontecer em agosto deste ano. A segunda trata das mais recentes mobilizações contra a escala 6x1 e por uma jornada de trabalho de quatro dias. Entre os argumentos favoráveis à mudança, estão a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e o consequente aumento de produtividade, assim como a quantidade de empregos.
Na seção ‘Educação’ está em pauta a formação de professores da educação básica em meio a uma série de anúncios do governo para incentivar o ingresso de novos estudantes nos cursos de licenciatura. Para os pesquisadores entrevistados, mais do que incentivar o ingresso, é preciso valorizar os saberes pedagógicos e melhorar as condições da carreira em âmbito municipal e estadual para que se possibilite a formação continuada.
Por fim, o verbete desta edição da seção Dicionário é ‘Atenção Secundária à Saúde’. Nele, o leitor entende melhor, por exemplo, como se dá o acesso e o financiamento das especialidades, como pediatria, cardiologia e ginecologia, no Sistema Único de Saúde, o SUS, e aponta os principais gargalos deste nível de atenção.
A Revista Poli é uma publicação jornalística bimestral editada pela EPSJV, unidade técnico-científica da Fiocruz. A assinatura pode ser feita de forma gratuita no site da Escola.