Cooperação Social da Fiocruz e MNU lançam novo ciclo de formação de promotores de saúde antirracista

Por
Mariana Moebus (Cooperação Social da Presidência)
Publicado em
Compartilhar:
X

Foi em clima de celebração e compromisso com a luta antirracista que a Cooperação Social da Fiocruz, em parceria com o Movimento Negro Unificado (MNU), inaugurou, na quinta-feira (8/5), o novo ciclo de formação do projeto Saúde na Favela pela Perspectiva Antirracista. O evento aconteceu no Centro Municipal de Saúde Renato Rocco, no Jacarezinho, e reuniu representantes da Fiocruz e do MNU, além de profissionais de saúde e participantes do projeto.

Foto: Nathalia Mendonça

"Esse é um curso para formar cada vez mais novas referências de lideranças que sejam reconhecidas na luta pela saúde da população negra, em especial nas favelas. Para a Fiocruz, a educação e a prevenção são os norteadores para diminuir a violência e melhorar a qualidade de vida da população. É isso que a gente acredita como promoção da saúde”, destacou Leonardo Bueno, coordenador do projeto na Fiocruz.   

O novo ciclo de oficinas vai abranger sete territórios – Manguinhos, Jacarezinho, Vila Aliança, Cidade Alta, Mangueirinha, Rocinha e Vila Cruzeiro – e formar cerca de 630 promotores de saúde antirracista que vão atuar diretamente nos territórios. Ao final do curso, os participantes também recebem um certificado assinado pela Fiocruz e pelo MNU -RJ.


A iniciativa visa promover a formação de pessoas pretas moradoras de favelas que tenham passado por violações de direitos humanos em promoção da saúde com um enfoque antirracista. A partir dos relatos feitos pelos moradores durante rodas de conversa e oficinas, as equipes técnicas e locais do projeto desenvolvem ciclos formativos para prevenção e enfrentamento ao racismo e à violência armada nos territórios de favela.

“O que nós queremos com o curso de saúde antirracista nas favelas é ir aonde o povo preto está em sua maioria - nas favelas. Precisamos entender o racismo não como um sentimento, mas como impossibilidade de acesso aos serviços públicos, como escolas e hospitais. Esse projeto vem principalmente para instruir o nosso povo sobre os seus direitos”, afirmou João Batista Carvalho, Coordenador estadual do MNU.

Além das falas institucionais, o evento também contou com apresentação do mestre-sala e porta-bandeira mirins da Unidos do Jacarezinho e uma aula inaugural sobre letramento racial com a professora e coordenadora estadual do MNU no Espírito Santo, Vanda de Souza Vieira.  


 

Saiba mais sobre o curso aqui.