A suspensão das importações de soja do Brasil pela China, devido à contaminação com agrotóxicos, coloca em evidência as fragilidades do modelo agrícola do país e a dependência de insumos químicos. A medida afetou grandes exportadoras e gerou um alerta sobre a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional.
Karen Friedrich, pesquisadora da Fiocruz, tem alertado sobre a resistência crescente das pragas aos agrotóxicos, o que evidencia a insustentabilidade do modelo atual. A dependência de grandes indústrias químicas não só compromete a saúde e a segurança alimentar, mas também agrava os impactos ambientais, deixando claro que esse modelo não é viável para o futuro do país.
Especialistas apontam que é urgente repensar o modelo econômico agrícola brasileiro, promovendo alternativas como a agroecologia e a agricultura familiar, que priorizam métodos mais sustentáveis, saudáveis e responsáveis. Essas abordagens não apenas eliminam a dependência de agrotóxicos, mas também favorecem a produção de alimentos saudáveis, respeitando os ecossistemas locais e o uso responsável dos recursos naturais, ao contrário do modelo agroindustrial voltado para o agronegócio.
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Fonte: Autoria Cidadã