CD discute ações da Fiocruz em Terra Indígena Yanomami 

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Claudia Lima (CCS)
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O Conselho Deliberativo da Fiocruz se reuniu extraordinariamente em 25/1 para discutir e organizar a atuação institucional no território indígena Yanomami, em apoio ao Ministério da Saúde (MS) e à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). As equipes do MS enviadas ao local em 16/1 identificaram crianças e idosos em estado grave de saúde, com desnutrição avançada, casos de malária, infecção respiratória aguda e outros agravos. O quadro de desassistência motivou a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, em 20/1. 

A discussão partiu de uma minuta de Plano de Ação e de uma tabela de atividades preparada pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) e apresentada por Patrícia Canto Ribeiro, coordenadora da Equipe Executiva. O documento dimensiona a extensão territorial e descreve distribuição das aldeias nos municípios, das Unidades Básicas de Saúde Indígena e da população local. Estruturado em ações de curto, médio e longo prazo, o plano receberá contribuições das unidades e dialogará com as iniciativas do MS.  

“A situação é tão dramática, que as iniciativas têm que ser quase imediatas, decisão e ação, porque as pessoas estão literalmente morrendo”, afirmou o presidente em exercício, Mario Moreira. A proposta em discussão abrange os eixos de governança e gestão; infraestrutura e logística; recursos humanos; suporte laboratorial; segurança alimentar; assistência à saúde; vigilância em saúde; saneamento básico; articulação e participação social territorial; comunicação e informação; formação e capacitação; articulação intersetorial; promoção da saúde; e pesquisa. 

Os conselheiros participaram ativamente da discussão com sugestões, informaram quais atividades já são e podem ser realizadas por suas unidades e setores e se colocaram à disposição para contribuir ativamente. Devido ao grande interesse demonstrado pela comunidade Fiocruz em trabalhar para minimizar e reverter o quadro de emergência sanitária no território indígena, o CD articulou a criação de canais de comunicação e para o cadastro de voluntários.