Muro da Fiocruz Minas ganha grafite com temas da ciência

Moro grafitado
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Fonte: Fiocruz Minas
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Muita gente que passa pelo prédio da Fiocruz Minas, em Belo Horizonte, talvez nem imagine a quantidade de estudos científicos voltados para a saúde são realizados no interior da edificação. Mas, a partir de hoje (24/10), quem passar pela Rua Juiz de Fora, lateral da unidade, poderá conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Fiocruz. É que a unidade inaugurou um grafite, estampando em seu único muro temas e personalidades representativos da instituição. A iniciativa é uma das atividades da Fiocruz Minas dentro da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, celebrada em todo o país no período de 15 a 20 de outubro.

“A ideia do grafite é deixar mais visível para a população que fazemos ciência, somos SUS e trabalhamos com saúde, reforçando a importância da pesquisa científica e do desenvolvimento tecnológico para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Estamos passando por um momento difícil, em que a ciência no país vem sofrendo com falta de financiamento, descaso e, por isso, é preciso que cada vez mais pessoas compreendam o papel da Fiocruz no sentido de contribuir para o fortalecimento em saúde. Acreditamos que um país soberano tem que ter como pilares a ciência e a tecnologia”, destaca a diretora da Fiocruz Minas, Zélia Profeta.

Parte do muro é uma homenagem a duas importantes cientistas da Fiocruz Minas: as pesquisadoras Alda Lima Falcão e Virgínia Shall, que dedicaram a vida para o desenvolvimento da ciência no Brasil. Alda, que iniciou a carreira científica em 1939 e hoje está aposentada, esteve à frente do Laboratório de Leishmanioses do IRR por duas décadas e contribuiu de forma significativa para os estudos relacionados aos vetores da doença. Virgínia (in memoriam) teve atuação relevante na instituição na área de educação em saúde e foi uma das personalidades da Fiocruz que mais contribuíram para a divulgação da ciência no país, publicando dezenas de livros para crianças e jovens.

“A escolha de dois nomes femininos para representar os trabalhadores da instituição se deve ao fato de que as mulheres são a maior parte da nossa força de trabalho. E as pesquisadoras Alda Falcão e Virgínia Shall , que foram mulheres pioneiras na área científica, nos representam muito bem por terem dedicado a vida ao fortalecimento da ciência no país”, afirma a diretora.

Além das cientistas, também foram grafitados elementos relacionados aos estudos da Fiocruz Minas, como parasitas, hospedeiros e vetores de doenças investigadas pelos pesquisadores da unidade. Representando a saúde coletiva, há ainda algumas imagens de pessoas que são sujeitos em muitos dos projetos da unidade.

“A seleção dos temas levou em consideração as principais pesquisas que são desenvolvidas na unidade. A intenção é que os trabalhadores olhem para o muro e se reconheçam, vendo ali retratados vários de nossos objetos de pesquisa”, ressalta a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Cristiana de Brito.

Para mostrar a grandiosidade da Fiocruz, também fazem parte do grafite um mapa do Brasil, apontando todos os estados em que a instituição está presente, e ainda uma referência ao Castelo, principal símbolo da Fundação. Coroando o trabalho artístico, uma frase sintetiza a atuação da instituição: Fiocruz MG em defesa da ciência, do SUS e da democracia.

“Tudo foi pensado de forma a mostrar para todos os que passarem por aqui o que é a Fiocruz. E já percebemos, durante os dias em que o grafite foi feito, que o objetivo está sendo cumprido: as pessoas param pra olhar, ficam curiosas e, quando compreendem, se dizem orgulhosas de ter a Fiocruz no país. Eu mesma presenciei esse tipo de manifestação”, conta Cristiana.

Todo o trabalho artístico foi coordenado pela grafiteira Krol (Carolina Jaued), do grupo Minas de Minas, que tem como uma das bandeiras o empoderamento feminino. Para quem quiser conhecer o trabalho, o muro fica na Rua Juiz de Fora, entre Avenida Augusto de Lima e Rua Guajajaras, Barro Preto, Belo Horizonte.