De 7 a 11 de abril, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promoveu o ‘Workshop internacional de ferramentas para vigilância genômica e estudos epidemiológicos virais’.
O evento foi organizado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC e pelo Centro Latino-Americano de Biotecnologia (CABBIO).
Vinte e um profissionais de saúde, incluindo equipes de laboratórios de saúde pública de diversos estados do Brasil, participaram do curso.
A iniciativa contou com docentes do IOC, Fiocruz-Pernambuco, Universidade de Buenos Aires (Argentina), Universidade da República (Uruguai) e Instituto Pasteur de Montevidéu (Uruguai).
Os participantes foram apresentados a tecnologias para montagem de genomas e análises filogenéticas, além de ferramentas analíticas para a plataforma GISAID — base de dados genéticos de referência para influenza, RSV, Mpox, SARS-CoV-2 e arbovírus.
Além das disciplinas teóricas, a programação contou com aulas práticas de filogeografia, montagem e identificação de variantes, reconstrução filogenética e outros temas relevantes.
O curso foi coordenado pela virologista Paola Cristina Resende, do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, que destacou a relevância da capacitação internacional.
"Dentro do workshop, nós mostramos desde como é o sequenciamento genômico até a montagem pela ferramenta ViralFlow, além de realizar práticas de análises e reconstruções filogenéticas", explicou Paola.
O encerramento do curso ocorreu no Auditório do Museu da Vida, na sexta-feira (11), com a aula aberta ‘Avanços e lições na vigilância genômica: o legado da pandemia de Covid-19 no Brasil, Argentina e Uruguai’.
“A semana foi fundamental para trocar experiências e mostrar como a vigilância genômica foi importante, nos três países, para entender o número de casos e de óbitos e toda a dinâmica da pandemia”, avaliou Paola.
A atividade foi realizada a partir do projeto de pesquisa ‘Desenvolvimento de ferramentas biotecnológicas para identificar, caracterizar e monitorar variantes do SARS-CoV-2 na região sul-americana', coordenado pelo IOC, com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com o CABBIO.
Unindo pesquisadores do Brasil, Argentina e Uruguai, o projeto teve como objetivo criar métodos de simples implementação e transferência para acompanhar as variantes do coronavírus (SARS-CoV-2) durante a pandemia de Covid-19.
Edição:
Maíra Menezes/IOC/Fiocruz