Mural de homenagem a Antônio Ivo

Homenagem a Antônio Ivo de Carvalho

Protagonista na história de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) e do movimento da Reforma Sanitária, Antonio Ivo de Carvalho faleceu na quinta-feira (10/6). Formado em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1974, Antonio Ivo era Mestre em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública, quando defendeu em 1994 a dissertação Conselhos de Saúde no Brasil, foi diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) por nove anos, entre 2004 a 2013, e coordenador do Centro de Estudos Estratégicos (CEE) no período de 2014 a abril de 2021. 

Antônio Ivo de Carvalho

Antonio Ivo também foi chefe de Gabinete da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) durante a gestão Sérgio Arouca (1987) e subsecretário durante a gestão de José Carvalho de Noronha (1988-90); além de vice-presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e integrante do Conselho Consultivo da entidade. Referência no campo da saúde pública no país, professor, pesquisador e exemplo no trato pessoal e profissional, teve como sua marca a inovação nas práticas de gestão, a generosidade e a abertura ao diálogo e ao debate de ideias. 

O velório ocorre nesta sexta-feira (11/6), ao meio-dia, na Capela Premium A do Crematório São Francisco Xavier, no Caju. E a cremação será às 14h.

Neste espaço serão reunidas as homenagens de colegas e Unidades da Fiocruz ao professor, gestor e pesquisador. 

Mural de mensagens

Estou fora do Rio e somente, agora, soube da ida do Ivo. Muito triste por ele ir tão cedo. Era tão importante pra reconstrução do país, quando ela vier. O Ivo vai fazer muita falta… suas análises sempre tão inteligentes, oportunas e não pensadas antes por nós. Seu sorriso… tudo. Estou muito impactada e triste por não poder vê-lo mais. Ana, querida, imagino você. A saudade que sentirá dele. Vamos homenageá-lo por toda a sua vida e dedicação ao nosso povo despossuído. Viva Ivo! Encontre Arouca e todos os outros no céu e nos envie sempre energias pra sobrevivermos a tudo que estamos passando e termos forças pra recomeçar. Tchau, querido amigo!

Maria do Carmo Leal, da ENSP

Tive o privilégio e honra de conviver e trabalhar com Antonio Ivo durante meus 20 anos de Fiocruz. Aprendi com um grande mestre a importância no nosso trabalho na Fiocruz para o fortalecimento do SUS e, principalmente, o respeito e o orgulho de ser um servidor público no seu sentido mais nobre de contribuir para qualidade de vida e de saúde da nossa sociedade.

Marcelo de Amaral Wendeling, da Fiotec

Conheci Antonio Ivo quando ainda era membro da Pastoral de Saúde da Diocese de Nova Iguaçu, época em que exercia uma importante liderança nos movimentos populares de saúde e produziu um dos textos mais fundamentais para a consolidação do campo da educação popular e da participação e controle social em saúde. O texto, publicado na revista "Saúde em Debate" em 1978, viria a se tornar uma das referências mais marcantes da estratégia do Cebes na definição da Saúde enquanto questão democrática. Seus sonhos formaram parte de nossas utopias!

Paulo Amarante - pesquisador aposentado da ENSP

Muito triste com sua partida. Combinava uma mente brilhante, com grande capacidade de formulação e proposições, de agregar pessoas e grupos e um coração enorme. Fará uma falta imensa. Na minha geração, a marca que Ivo deixou na ENSP é fortíssima, a ponto de essas duas identidades serem imediatamente associadas. Um homem generoso, inteligente e criativo. É uma das grande marcas da nossa história institucional. Antonio Ivo presente!!

Carlos Machado - pesquisador da ENSP

Grande consternação, nestes tempos tristes, com a perda repentina de Antonio Ivo. Colega, amigo, diretor, interlocutor de grande qualidade, justo e elegante no trato das relações institucionais e pessoais. Devo a ele a gratidão e reconhecimento pela forma acolhedora e respeitosa como conduziu a incorporação do Centro de Referencia Helio Fraga à Fiocruz e apoiou nossa gestão e as medidas tomadas.

Meu abraço à Ana Furniel e à sua família, e os melhores sentimentos.

Margareth Dalcolmo, pesquisadora da ENSP/Fiocruz