O Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo (LVRS) da Fiocruz faz parte da rede nacional de Vigilância Laboratorial do Vírus Influenza, coordenada pelo Ministério da Saúde, e da Rede Global de Vigilância e Resposta ao Influenza, coordenada pela Organização Mundial da Saúde. Dentro dessas redes, o LVRS atua como um laboratório de referência nacional para a influenza (gripe).
Realiza várias análises para identificar as amostras de vírus da influenza encontrados no Brasil. As informações do LVRS ajudam os órgãos de vigilância do país a monitorar a circulação dos vírus da gripe, identificar vírus novos e esclarecer casos inesperados. Também ajudam na coordenação de ações de saúde para controlar surtos e epidemias.
Os dados moleculares (DNA) e de sorologia (anticorpos no sangue) também são enviados para a rede global da OMS e usados todos os anos para ajudar a decidir quais componentes devem estar na vacina da gripe. O LVRS faz pesquisas, desenvolve novas tecnologias e treina pessoas em temas relacionados à biologia, epidemiologia e ao diagnóstico do vírus influenza (gripe) e outros vírus respiratórios.
Para ser testada no LVRS, uma amostra suspeita de Influenza precisa ser coletada em uma unidade de saúde e enviada, através da Rede de Vigilância de Influenza, para um laboratório Central da Saúde Pública (LACEN) estadual. Uma parte das amostras testadas e todas as amostras sem um resultado definitivo, especialmente aquelas de casos graves ou mortes, são enviadas ao LVRS para confirmação e análise genética e antigênica.
A análise genética é o estudo do DNA para identificar características ou verificar a presença de doenças. A análise antigênica é o teste que procura por antígenos, que são partes de vírus ou bactérias, para saber se uma pessoa está infectada. As informações sobre a organização da rede de vigilância de Influenza (gripe), incluindo o fluxo de atendimento e as instruções para coletar e enviar amostras para testes, estão no “Guia para a Rede de Vigilância Laboratorial de Influenza no Brasil”, (Ministério da Saúde, 2016, 1ª. Edição).