O século 19 no Brasil viu despontar as primeiras atividades mais consistentes de divulgação científica na colônia – que deixaria esse status político em 1815, elevando-se a Reino, para mais tarde declarar sua independência de Portugal, em 1822. A transferência da Corte portuguesa ao Brasil, em 1808, instituiu a abertura dos portos e suspendeu a proibição de imprimir na colônia. Essa medida, junto com a criação da Imprensa Régia, em 1810, abriu espaço para que começassem a circular textos e manuais voltados para a educação científica, assim como periódicos que publicavam artigos e notícias relacionadas à ciência. Na segunda metade do século, as iniciativas de divulgação científica se intensificaram em todo o mundo, incluindo o Brasil, embora em escala menor. Foram realizadas as primeiras conferências científicas voltadas para o público ilustrado e palestras direcionadas ao público em geral. Em 1861, se iniciam as Exposições Nacionais, preparatórias para as Exposições Universais, e dois anos mais tarde surgem as Conferências Populares da Glória, que tiveram impacto significativo na elite intelectual do Rio de Janeiro. Também merecem destaque as atividades de divulgação científica empreendidas pelos museus
Nacional e
Paraense.
Embora tenham surgido na América Latina no final do século 18 no contexto das políticas ilustradas de Portugal e Espanha, os museus de história natural viveram um curto período de apogeu a partir da segunda metade do século 19 e até as primeiras décadas do século 20.
Conhecidas como “espetáculos da modernidade” e “festas do progresso”, as Exposições Universais foram uma série de megaeventos científicos e empresariais a partir da segunda metade do século 19.
O ano era 1866. A cidade, Belém. Nos jornais, um convite a participar de uma reunião que tinha como principal objetivo a formação de uma “Sociedade Filomática” – em outras palavras, reunir os interessados em fundar no local um museu de história natural.
Em 1875, o Museu Nacional inaugurou uma série de cursos que versavam sobre as especialidades da instituição: botânica, agricultura, zoologia, mineralogia, geologia e antropologia, destinada "à instrução das classes estranhas ao estudo da história natural", como dizia um jornal da época. Conheça essa série de conferências ministradas por mais de 10 anos na instituição.
Os temas mais diversos da cultura e das ciências foram debatidos nessas conferências, na segunda metade do século 19. Tais encontros chegaram a ser conhecidos como “Tribuna da Glória”, por haverem se tornado numa verdadeira arena de discussões. Saiba mais sobre essa iniciativa, que foi uma das ações mais importantes de divulgação científica no Brasil no período.
Com a chegada da Corte portuguesa ao Brasil, foi suspensa a proibição de imprimir. A criação da Imprensa Régia, em 1810, permitiu a publicação de textos e manuais voltados para a educação científica, enquanto passaram a circular os primeiros periódicos, com artigos e notícias relacionados à ciência. Conheça algumas publicações desse século.
Outros documentos relacionados:
Av. Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro CEP: 21.045-900 - nestudos@fiocruz.br
Realização: Museu da Vida / Casa de Oswaldo Cruz / Fundação Oswaldo Cruz - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Universidade Federal de Minas Gerais.
Apoio: CNPq