Marie Sklodowska Curie
Física polonesa nascida em 1867 na cidade de Varsóvia
e naturalizada francesa, famosa pesquisadora e criadora do termo radioatividade,
juntamente com o marido. Bela filha de um modesto professor secundarista, aos
dezessete anos arranjou um emprego e, assim, conseguiu economizar para ir para
Paris (1891), matriculando-se na Sorbone, onde dois anos mais tarde formou-se
em física e em matemática (1894). Trabalhando no laboratório
de pesquisas de Gabriel Lippmann, conheceu o cientista francês (1894)
Pierre Curie, com quem casaria no ano seguinte, formando o mais famoso casal
de cientistas da história. Com dois diplomas universitários (1897)
e uma bolsa de estudos, publicou seu primeiro trabalho importante, Investigações
sobre as propriedades magnéticas do aço temperado. Apresentou
no Congresso de Física de Paris (1900) as suas descobertas do polônio
e do rádio. Ganharam a medalha Davy da Sociedade Real de Londres (1903)
e o Prêmio Nobel de Física, dividindo-o com Antoine Becquerel,
por suas descobertas no campo da radioatividade.
Nasceu sua segunda filha (1904), Eva, que se tornaria sua biógrafa. Ganhou
a cátedra de física (1906) da Faculdade de Ciências de Sorbonne,
após a morte de Pierre em um acidente de trânsito, tornando-se
a primeira mulher a ocupar tal cargo na França. Publicou Traité
sur la radiografie (1910), em que sintetizou as pesquisas realizadas com seu
marido, e seu aluno Langevin. Recebeu pela segunda vez (1911), um Prêmio
Nobel, agora de Química, por conseguir isolar o rádio metálico
puro. Foi eleita (1922) membro da Academia de Medicina de Paris, justa homenagem
por suas atividades na medicina experimental.
Durante a primeira guerra mundial, com a ajuda da filha Irène, devotou-se
ao desenvolvimento das técnicas da radiografia. Foi também ela
quem primeiro percebeu a necessidade de acumular fontes de radioatividade intensa
para o tratamento de doenças e para realizar pesquisas de física
nuclear. A formação de reservas por ela incentivada foi decisiva
até o aparecimento dos aceleradores de partículas (1930).
Morreu em 4 de julho (1934), perto de Sallanches, França, de leucemia
provocada por anos de exposição à radioatividade sem nenhuma
proteção. Em honra ao casal Curie, o elemento químico de
número atômico 96 foi batizado com o nome de cúrio e a unidade
de medida da radioatividade chamou-se curie. Sua primeira filha, Irène
Joliot-Curie, nascida no segundo ano de casamento, que mais tarde se casaria
com o físico Frédéric Joliot, e que começou colaborando
na cátedra da mãe, posteriormente, junto com o marido Frederico
Juliot, descobriu a radioatividade artificial. Isso valeu ao casal Joliot-Curie
o Prêmio Nobel de Química (1935).