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No momento em que a sociedade brasileira vivencia um tenso processo de avaliação e questionamento de suas instituições e mesmo de seu modelo republicano, é oportuno valorizar o caminho trilhado por uma instituição nacional centenária que optou pela gestão democrática para escolher seus dirigentes e, assim, traçar seu próprio rumo. Esta foi a principal conclusão da mesa de debate após a exibição do documentário “Democracia Fiocruz”, realizada na terça-feira (14/5), no auditório do Museu da Vida, no campus da Fiocruz em Manguinhos. O vídeo, uma produção da VideoSaúde – Distribuidora da Fiocruz em parceria com o Sindicado dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc), documentou o processo de eleição para presidente da Fundação em 2012.
Dirigido pelo pesquisador Eduardo Thielen, o documentário revela uma maratona de gravações sobre as eleição para a presidência, e incluiu desde a inscrição das candidaturas, a campanha, a apuração, até as posses do presidente e diretores das unidades da Fiocruz. O filme contém entrevistas dos ex-presidentes após a gestão do sanitarista Sergio Arouca; dos candidatos à presidência em 2013, Paulo Gadelha e Tânia Araújo-Jorge e de trabalhadores, estudantes e usuários da Fiocruz, além de imagens históricas do acervo da VideoSaúde - Distribuidora da Fiocruz que ajudaram a narrar o período de quase 30 anos de democratização da Fundação.
A mesa de debate contou com a presença da professora do Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getulio Vargas (CPDOC/FGV) Dulce Pandolfi; com o ex-presidente da Fiocruz Carlos Morel; com o ex-presidente da Asfoc e coordenador do Programa Radis (Ensp/Fiocruz), Rogério Lannes, com o diretor filme, Eduardo V Thielen (Icict/Fiocruz) e com a vice-presidente da Asfoc-SN, Justa Helena Franco, como mediadora. Abriram o evento o presidente da Asfoc, Paulo Garrido, a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade, e o diretor do Icict, Umberto Trigueiro. O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, era aguardado, mas ficou retido em uma reunião emergencial e participou posteriormente do debate.
Após a exibição do filme, a mesa de debate foi aberta pelo diretor do documentário, o pesquisador da VideoSaúde Eduardo Thielen, que explicou o processo que deu origem ao projeto. “Decidimos documentar o processo eleitoral, mas acabamos ampliando a pesquisa, incluindo então entrevistas com ex-presidentes vivos e material de acervo da própria Fiocruz. Entendemos que aquela eleição, mais do que o pleito em si, representava um processo histórico com 26 anos de trajetória, que começou na gestão de Sergio Arouca”, disse Thielen. Na opinião do diretor, o objetivo, além de documentar o momento histórico e a própria eleição, foi afirmar o processo democrático, uma peculiaridade da Fiocruz.
Da esq. para a dir.: Rogério Lannes, Dulce Pandolfi, Justa Helena, Carlos Morel e Eduardo Thielen
“A VideoSaúde foi feliz em muitos aspectos. O protagonismo do processo eleitoral e do modelo de gestão participativa ficou evidente no documentário”, afirmou o editor da Radis, Rogerio Lannes. Na opinião do jornalista, ex-presidente da Asfoc, a gestão participativa da Fiocruz é uma referência para se discutir mesmo a estrutura do Estado brasileiro, e o quanto as instituições são ou não permeadas de democracia. “Nesse processo, o papel da Asfoc foi muito importante para que as coisas andassem, não descambassem, e se aprofundassem”, avaliou.
Para o ex-presidente da Fiocruz Carlos Morel, a trajetória histórica exibida no documentário mostra como a Fundação chegou ao momento presente, o que precisa ser passado para outras instituições. “Tenho medo de a Fiocruz sustentar sozinha esse modelo. Antes do Estatuto (aprovado no primeiro governo do presidente Lula, em 2003), havia um lobby imenso para se colocar pessoas de fora, de outros instituições, na presidência. A dificuldade de aprovar esse regimento interno foi imensa. Os ministros aceitavam, mas chegavam na presidência da República e não acontecia. Isso foi possível com o governo Lula. Precisamos passar essa receita adiante para não sermos uma aberração”.
A historiadora da Fundação Getulio Vargas Dulce Pandolfi apontou a relevância do documentário em ressaltar o gestão participativa da Fiocruz, a democracia e a memória. “Tenho inveja dessa instituição, pois a FGV não pode escolher seus dirigentes, de diretores a presidentes. Esse vídeo precisa ser transmitido a outras instituições”. Dulce apontou que o filme é essencial e inovador pois traz uma proposta de gestão participativa e democrática que revela uma nova maneira de se organizar. “Além de apresentar um material muito rico para a memória institucional
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