Fiocruz
Fundação Oswaldo Cruz
BUSCA NA BASE:

Economia ambiental analisa impactos de determinantes econômicos na saúde

Gerir da melhor maneira possível os recursos do meio ambiente, de modo que
impactem positivamente a saúde, é um dos objetivos do estudo da economia
ambiental. O tema vem sendo incorporado na ENSP pelo Programa de Saúde Pública e
Meio Ambiente, que tem se dedicado a estudá-lo na perspectiva da saúde
ambiental, analisando as formas pelas quais os determinantes econômicos
interferem na saúde do ambiente e da sociedade.

A qualidade do ambiente tem um grande impacto na saúde, e o que o economista
ambiental avalia é o custo desse impacto na saúde pública. O assunto já foi tema
de dois cursos de inverno na ENSP, e, agora, foi incorporado à formação dos
alunos da Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, por meio da
coordenação de Gestão Ambiental do programa. As atividades são coordenadas pela
professora do curso e pesquisadora Martha Macedo de Lima Barata, do Instituto
Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que trabalha com o tema desde 1994. "Quando falamos
em economia, pensamos na parte financeira. Mas a economia trabalha, estuda e
pensa no melhor uso dos recursos. Sejam eles financeiros, da biodiversidade ou
do planeta como um todo", explicou.

De acordo com a pesquisadora, o curso de Saúde Pública e Meio Ambiente lida com
a importância do ambiente para a qualidade da saúde, e a economia pensa no
desenvolvimento sustentável como forma de gerir recursos e consequências
positivas para a sociedade. "Qualquer ação humana impacta o ambiente.
Pretendemos fazer uma avaliação de quanto isso custa para a saúde publica, para
a qualidade do meio em que vivemos. Utilizamos instrumentos de análise para
avaliar o que é mais efetivo em termos de proteção, preservação ou ação com
relação ao ambiente", revelou a pesquisadora.

Para o coordenador do Programa, Sergio Koifman, trata-se de um novo olhar que o
programa passa a ter sobre a economia, ampliando a análise dos determinantes
econômicos nas questões de saúde ambiental. "O programa passa a estudar, de uma
forma mais clara e definida, as relações econômicas e seus efeitos na saúde
ambiental. Na realidade, isso começou a acontecer há dois anos, com a realização
dos cursos de inverno, e vem se consolidando com a incorporação de pesquisadores
que trabalham nessa área. A Martha vem colaborando muito conosco para que esse
tema da economia ambiental deixe de ser uma parte segmentada para fazer parte da
formação dos alunos do programa".

Na opinião de Martha Barata, os alunos estão notanto a importância da gestão
ambiental como instrumento de politica pública ou empresarial nas diversas
áreas. "A economia trabalha com diferentes olhares para se atingir o melhor para
a sociedade, e, na minha linha de estudo, trabalho com o desenvolvimento
sustentável como forma de crescimento com justiça social, rentabilidade
econômica, preservação ambiental. Enfim, precisamos pensar nesses aspectos hoje
e para o futuro".

O coordenador da área de gestão ambietal do Programa, Aldo Pacheco, reforçou a
importância de discutir o impacto ambiental e como isso altera a saúde pública.
"A economia ambiental trabalha a forma sobre como o ambiente impacta a saúde
pública e vice-e-versa. É necessário pensarmos sobre o tema e sobre medidas
compensatórias".

Fonte: Informe ENSP de 30 de Setembro de 2009

Rua Leopoldo Bulhões, 1480 - Manguinhos - RJ - Brasil - CEP 21041-210 | Tel: (21) 2598-2501 ramais 2504, 2669 e 2648 - Fax: (21) 2290-4925 | e-mail: bvsensp@icict.fiocruz.br | Horário de funcionamento: De 2ª a 6ª-feira das 8h às 17h