FONTES DE INFORMAÇÃO
Consulta - Acervo ENSP
Consulta - Teses e Dissertações
Consulta - Teses em Saúde Pública
Consulta - Periódicos
BVS Saúde Pública
BV Sérgio Arouca
E mais...
SERVIÇOS
Visitas e Treinamentos
Levantamento Bibliográfico
Comutação
Catalogação na Fonte
Acesso Remoto Periódicos Capes
Empréstimo Pessoal
Empréstimo entre Bibliotecas
Solicitação de Cópias
UTILIDADES
Gerenciador de Referências Bibliográficas
Normalização
Conveniências no local
Formulário de Inscrição
2022
2021
2020
2019
2018
2017
2016
2015
2014
Notícias
Como chegar
Nossa equipe
Perguntas freqüentes
Fale Conosco
Mapa do sítio
Duas das mais importantes revistas científicas do mundo destacam esta semana estudos que trazem boas notícias na luta contra o câncer. Depois de uma promessa para o tratamento do câncer de próstata, divulgado pela Science, é a vez de a Nature apresentar outra novidade muito bem vinda.
Na edição de 9 de abril de 2009, o periódico britânico publica um artigo que descreve o potencial de uma nova droga contra a doença. O composto apresentou tamanha atividade antitumoral em camundongos que já está sendo avaliado em uma primeira fase de testes clínicos em humanos.
A novidade é a molécula MLN4924, descoberta por cientistas da Millennium Pharmaceuticals, empresa com sede em Cambridge, Massachusetts, pertencente ao grupo japonês Takeda Oncologia.
A Millenium desenvolveu o primeiro inibidor de proteassomo (um degradador celular), o bortezomib. Comercializado com o nome Velcade, a droga para o tratamento de mieloma refratário múltiplo, um tipo de câncer na medula óssea, tem estimativa de vendas no mundo em 2009 de US$ 1 bilhão.
A MLN4924 barrou o crescimento de células cancerosas humanas transplantadas em camundongos. Segundo os autores do estudo, ela funciona por meio do bloqueio de uma parte do caminho intracelular que regula a degradação de proteínas. Enquanto o bortezomib interrompe o caminho em um sentido, a nova droga o faz em outro.
A molécula apresentada também funciona de modo diferente da outra. Ela desregula a parte do ciclo celular na qual ocorre a síntese de DNA. Isso resulta na danificação do DNA e na indução de morte celular programada, ou suicídio das células cancerosas.
“A descoberta de drogas é algo raro. Em 2008, a Administração de Alimentos e Drogas do governo norte-americano aprovou um único novo composto para o tratamento do câncer, apesar da indústria farmacêutica no país ter gasto no ano cerca de US$ 65 bilhões com esse tipo de pesquisa”, destacou Raymond Deshaies, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em comentário sobre o novo estudo publicado na mesma edição da Nature.
Por conta disso, a identificação de proteínas capazes de ser usadas em novas drogas sempre atrai muita atenção. No novo estudo, os cientistas descobriram um composto que reside em uma enzima até então ignorada, a NEDD8, e mostraram que tal composto é capaz de suprimir o crescimento de tumores.
O segredo da MLN4924 é atuar no sistema ubiquitina-proteassomo, que controla muitos processos celulares. A ubiquitina (de ubíquo, que está em todos os lugares) é uma proteína com funções fundamentais para a regulação de processos biológicos. Ela funciona como uma espécie de bandeira, ligando-se a outras proteínas e indicando que algo deve ocorrer ao substrato ao qual está conectada. Ela sinaliza ao proteassomo quais proteínas-alvo devem ser degradadas.
O caminho de degradação proteossômica é essencial para muitos processos celulares, incluindo o ciclo celular, a regulação da expressão gênica e respostas ao estresse oxidativo.
A descoberta da degradação regulada de proteínas pelo sistema ubiquitina-proteassomo foi feita no início da década de 1980 pelos israelenses Aaron Ciechanover e Avram Hershko Technion e pelo norte-americano Irwin Rose. A importância do processo para a regulação de processos biológicos e a sua relevância para a compreensão de várias patologias garantiu aos três o Prêmio Nobel de Química de 2004.
Esse processo é mediado por um grande número de enzimas. Apenas uma das famílias, conhecida como E3, é formada por mais de 650 enzimas. No novo estudo, em vez de ter como alvo direto as enzimas E3, os pesquisadores verificaram a possibilidade de inibir outras proteínas que ativam as E3. Foi quando descobriram a NEDD8 e seu componente antitumoral.
O artigo An inhibitor of NEDD8-activating enzyme as a new approach to treat cancer, de Teresa Soucy e outros, pode ser lido por assinantes da Nature aqui.
Fonte: Agência Fapesp
Rua Leopoldo Bulhões, 1480 - Manguinhos - RJ - Brasil - CEP 21041-210 | Tel: (21) 2598-2501 ramais 2504, 2669 e 2648 - Fax: (21) 2290-4925 | e-mail: bvsensp@icict.fiocruz.br | Horário de funcionamento: De 2ª a 6ª-feira das 8h às 17h