Fiocruz

Fundação Oswaldo Cruz uma instituição a serviço da vida

Início do conteúdo

Fiocruz recebe representantes do hub de inteligência epidemiológica da OMS


09/05/2024

Ana Paula Blower (Agência Fiocruz de Notícias) 

Compartilhar:

A Fiocruz recebeu, na quinta-feira (2/5), uma delegação do Centro Global de Inteligência para Pandemias e Epidemias da Organização Mundial da Saúde (OMS) para uma reunião sobre o estágio atual e os próximos passos da cooperação bilateral firmada entre as instituições no ano passado. A vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), Maria de Lourdes Oliveira, recebeu a comitiva, liderada pela chefe da Unidade de Insights e Análises (IAA), Julia Fitzner.


Representantes da OMS e da Fiocruz no campus de Manguinhos (foto: Pedro Linger)  

Em maio de 2023 a Fiocruz e a OMS assinaram um memorando de entendimento que estabeleceu as bases da cooperação internacional a ser desenvolvida entre a Fundação e o hub, com sede em Berlim. A colaboração tem como pontos centrais o desenvolvimento e o fortalecimento da vigilância global, preparação para epidemias e pandemias e integração de dados de vigilância. O acordo tem duração de cinco anos e compreende áreas como vigilância, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, informação e comunicação.

Durante a reunião, a vice-presidente Maria de Lourdes fez uma apresentação institucional da Fiocruz, ressaltando a complexidade da Fundação, as missões institucionais e as diversas áreas com as quais a cooperação com o hub poderia ser ampliada, como vigilância, controle de vetores e outros sistemas de alerta precoce. Neste sentido, ressaltou, entre outros, a relevância dos trabalhos de monitoramento e análise do InfoGripe, voltado para vírus respiratórios, do InfoDengue, para arboviroses; e da análise de dados do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde (Cidacs/Fiocruz) que já integram as atividades do hub.

“Temos muitas oportunidades de cooperação e outros grupos da Fiocruz podem trazer contribuições importantes no contexto da inteligência epidemiologica. Para nós, é importante ouvi-los para que possamos implementar as atividades em curso e agregar novas iniciativas da Fiocruz ao hub”, pontuou a vice-presidente. Em junho, Maria de Lourdes e a coordenadora de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Tania Fonseca, visitarão o Charité, o Instituto Robert Koch e o hub, para dar seguimento às discussões em torno da cooperação. 

A chefe da Unidade de Insights e Análises (IAA), Julia Fitzner, também fez uma apresentação sobre o hub de Berlim. Assim como Maria de Lourdes, ela chamou atenção para as áreas em que a Fiocruz pode ampliar ou iniciar novas cooperações, como em vigilância. Ela ressaltou a importância não só de se antecipar a novas emergências em saúde global, como de estar preparado para quando e se elas acontecerem. Para isso, chamou atenção para o valor de sistemas de monitoramento e análise de dados que possam orientar as autoridades na tomada de decisões - áreas em que a Fiocruz tem experiência e atuação. 

Fitzner deu destaque para o valor que as redes, como o hub e suas parcerias, têm, que sejam construídas e fortalecidas antes de um período de crise. “Queremos parar o pior antes que aconteça, e, se o pior acontecer, que possamos estar aptos para tomar as melhores decisões de saúde pública, para evitar decisões ruins”, comentou Fitzner. “Antes só respondíamos às crises, o ideal é inovar, usar as lições aprendidas. E as redes são muito importantes para que possamos avançar antes que a crise aconteça”.

Negociações começaram em março de 2022 

A participação da Fiocruz no hub da OMS começou a ser desenhada em março de 2022, quando Ihekweazu visitou a Fundação e convidou a instituição a ser uma parceira do centro, que, na época, estava sendo montado na capital alemã. Quatro meses depois, em julho do ano passado, o diretor do Departamento de Informação de Emergência em Saúde e Avaliação de Risco da OMS, Oliver Morgan, esteve na Fiocruz para discutir como essa atuação conjunta seria. Na ocasião, a ideia era a de que a Fundação pudesse compartilhar sua experiência com países da região das Américas e os de língua portuguesa na África.
 

Mais em outros sítios da Fiocruz

Voltar ao topoVoltar